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PLANETA VERDE

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Em busca de uma nova metrópole

Dentro de sala, os universitários de hoje, profissionais de amanhã, pensam uma cidade melhor. Na Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFF, por exemplo, os alunos têm uma disciplina dedicada à habitação popular. Eles vão a comunidades carentes, conversam com moradores e elaboram melhorias. Já o curso de Gestão Pública da UFRJ promove trabalhos no Complexo da Maré, nos arredores da Ilha do Fundão. Enquanto isso, os participantes do Laboratório de Estudos Urbanos da FGV realizam pesquisas sobre moradia e políticas públicas. A preocupação com o impacto do desenvolvimento, tema urgente no mundo todo, tornou-se assunto primoridial no ensino superior. Em outras faculdades, como Oceanografia e Design, os estudantes quebram a cabeça para observar e melhorar a vida na metrópole carioca. — A sustentabilidade precisa estar sempre em primeiro lugar. Quero trabalhar por uma cidade melhor. Sinto que tenho essa responsabilidade. Quando vou projetar uma casa, preciso pensar sobre o que pode agregar ao município — comenta Amanda Saboya, de 20 anos, aluna do sexto período de Arquitetura na PUC. Junto com os colegas de turma, Amanda desenvolveu um projeto de escola modular, mais acessível, iluminada e inteligente, que poderia ser construída em qualquer lugar. O mesmo conceito de sustentabilidade está no currículo de faculdades de Arquitetura como a da UFF, onde alunos e professores usam criatividade e conteúdo para driblar a falta de recursos. No Laboratório de Conforto Ambiental da UFRJ, os futuros arquitetos pensam em como economizar energia aproveitando a luz solar. — Os estudantes precisam ter um olhar de cumplicidade com o mundo e proteger cidades de problemas como especulação e desmatamento — explica a diretora-adjunta de Arquitetura da UFRJ, Maria Júlia de Oliveira. Na mesma universidade, o curso de Gestão Pública e Desenvolvimento Econômico e Social busca uma sociedade estruturada. A professora de Ética do Setor Público, Cristina Riche, diz que um dos conceitos mais trabalhados é o de compartilhamento. O trabalho de campo, na Maré, estimula alunos a manter os interesses da população em primeiro lugar. Temas como moradia nas favelas e periferias são centrais também no Laboratório de Estudos Urbanos da FGV, onde estudantes de História e Ciências Sociais pesquisam sobre padrões de segregação socioespacial. É um núcleo interdisciplinar, que também organiza palestras de especialistas abertas ao público. Em sala de aula ou em campo, universitários das mais diferentes áreas observam o hoje levando em conta as consequências, sociais econômicas, da forma como nossa cadeia produtiva se constituiu. A próxima geração de profissionais está sendo estimulada a pensar no impacto de cada política pública, projeto arquitetônico ou bem de consumo. Professor de Ecodesign e Gestão em Design da ESPM, Paulo Reis explica que, hoje, uma ideia avançada é sinônimo de uma ideia responsável: — Nossos alunos criaram uma startup para a venda de camisetas orgânicas. Eles pensaram em toda uma cadeia limpa por trás do negócio. De onde viria o algodão? Os produtores teriam pagamento justo? Levaram em consideração o impacto da tinta da camiseta e até da embalagem utilizada. Novas ideias no mercado No Departamento de Construção Civil da Escola Politécnica da UFRJ, foram incluídas as disciplinas de sustentabilidade e gestão do processo produtivo. — O objetivo é evitar calamidades, como estádios com orçamentos triplicados — afirma a professora Elaine Vazquez. — Os alunos chegam à faculdade mais preocupados. O mercado começará a ser liderado por profissionais mais críticos e com novas ideias. Pessoas que não visam só ao lucro e que têm respeito pelo mundo. Toda esta mudança de paradigma acadêmico é uma reação ao crescimento desordenado das grandes cidades e ao comportamento da natureza. A Faculdade de Oceanografia da Uerj monitora a frequência das ressacas no litoral carioca. Entre 1991 e 1993, houve apenas uma ocorrência significativa por ano. De 2010 a 2012, foram sete ressacas anuais. — A academia não pode mais apenas criticar. É preciso colocar a mão na massa — diz o professor David Zee. O estudante Douglas Nehne, de 20 anos, está envolvido numa pesquisa que vai mapear os impactos dos fenômenos El Niño e La Niña na cidade. O objetivo é apresentar propostas para evitar grandes desastres: — A nossa geração vai trabalhar de forma mais preventiva. Temos mais consciência de que é melhor antecipar problemas para evitar impacto do que buscar soluções para o que já aconteceu — conclui Douglas. Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/em-busca-de-uma-nova-metropole-7972255#ixzz2PGR79PsO Dentro de sala, os universitários de hoje, profissionais de amanhã, pensam uma cidade melhor. Na Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFF, por exemplo, os alunos têm uma disciplina dedicada à habitação popular. Eles vão a comunidades carentes, conversam com moradores e elaboram melhorias. Já o curso de Gestão Pública da UFRJ promove trabalhos no Complexo da Maré, nos arredores da Ilha do Fundão. Enquanto isso, os participantes do Laboratório de Estudos Urbanos da FGV realizam pesquisas sobre moradia e políticas públicas. A preocupação com o impacto do desenvolvimento, tema urgente no mundo todo, tornou-se assunto primoridial no ensino superior. Em outras faculdades, como Oceanografia e Design, os estudantes quebram a cabeça para observar e melhorar a vida na metrópole carioca. — A sustentabilidade precisa estar sempre em primeiro lugar. Quero trabalhar por uma cidade melhor. Sinto que tenho essa responsabilidade. Quando vou projetar uma casa, preciso pensar sobre o que pode agregar ao município — comenta Amanda Saboya, de 20 anos, aluna do sexto período de Arquitetura na PUC. Junto com os colegas de turma, Amanda desenvolveu um projeto de escola modular, mais acessível, iluminada e inteligente, que poderia ser construída em qualquer lugar. O mesmo conceito de sustentabilidade está no currículo de faculdades de Arquitetura como a da UFF, onde alunos e professores usam criatividade e conteúdo para driblar a falta de recursos. No Laboratório de Conforto Ambiental da UFRJ, os futuros arquitetos pensam em como economizar energia aproveitando a luz solar. — Os estudantes precisam ter um olhar de cumplicidade com o mundo e proteger cidades de problemas como especulação e desmatamento — explica a diretora-adjunta de Arquitetura da UFRJ, Maria Júlia de Oliveira. Na mesma universidade, o curso de Gestão Pública e Desenvolvimento Econômico e Social busca uma sociedade estruturada. A professora de Ética do Setor Público, Cristina Riche, diz que um dos conceitos mais trabalhados é o de compartilhamento. O trabalho de campo, na Maré, estimula alunos a manter os interesses da população em primeiro lugar. Temas como moradia nas favelas e periferias são centrais também no Laboratório de Estudos Urbanos da FGV, onde estudantes de História e Ciências Sociais pesquisam sobre padrões de segregação socioespacial. É um núcleo interdisciplinar, que também organiza palestras de especialistas abertas ao público. Em sala de aula ou em campo, universitários das mais diferentes áreas observam o hoje levando em conta as consequências, sociais econômicas, da forma como nossa cadeia produtiva se constituiu. A próxima geração de profissionais está sendo estimulada a pensar no impacto de cada política pública, projeto arquitetônico ou bem de consumo. Professor de Ecodesign e Gestão em Design da ESPM, Paulo Reis explica que, hoje, uma ideia avançada é sinônimo de uma ideia responsável: — Nossos alunos criaram uma startup para a venda de camisetas orgânicas. Eles pensaram em toda uma cadeia limpa por trás do negócio. De onde viria o algodão? Os produtores teriam pagamento justo? Levaram em consideração o impacto da tinta da camiseta e até da embalagem utilizada. Novas ideias no mercado No Departamento de Construção Civil da Escola Politécnica da UFRJ, foram incluídas as disciplinas de sustentabilidade e gestão do processo produtivo. — O objetivo é evitar calamidades, como estádios com orçamentos triplicados — afirma a professora Elaine Vazquez. — Os alunos chegam à faculdade mais preocupados. O mercado começará a ser liderado por profissionais mais críticos e com novas ideias. Pessoas que não visam só ao lucro e que têm respeito pelo mundo. Toda esta mudança de paradigma acadêmico é uma reação ao crescimento desordenado das grandes cidades e ao comportamento da natureza. A Faculdade de Oceanografia da Uerj monitora a frequência das ressacas no litoral carioca. Entre 1991 e 1993, houve apenas uma ocorrência significativa por ano. De 2010 a 2012, foram sete ressacas anuais. — A academia não pode mais apenas criticar. É preciso colocar a mão na massa — diz o professor David Zee. O estudante Douglas Nehne, de 20 anos, está envolvido numa pesquisa que vai mapear os impactos dos fenômenos El Niño e La Niña na cidade. O objetivo é apresentar propostas para evitar grandes desastres: — A nossa geração vai trabalhar de forma mais preventiva. Temos mais consciência de que é melhor antecipar problemas para evitar impacto do que buscar soluções para o que já aconteceu — conclui Douglas. Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/em-busca-de-uma-nova-metropole-7972255#ixzz2PGR79PsO

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